Veículos de passeio: maior vilão é a pré-inspeção visual
Engana-se, porém, quem acha que a emissão fumaça é o que mais reprova. O levantamento da Controlar para o primeiro semestre revela que em 50,2% das inspeções que resultaram em reprovação de veículos de passeio se deram ainda na primeira fase, a da pré-inspeção visual, que verifica a integridade dos sistemas. Deste total de reprovações, 27,8% se deu por alterações ou avarias no sistema de admissão, 25% por emissão de fumaça visível, 21,1% por vazamento de fluidos e 14,5% por alterações, avarias ou deterioração do sistema de escape. Foram 829.114 automóveis inspecionados no período, sendo que o índice de reprovação na primeira verificação é de 17,7%.
O segundo responsável por reprovações é a inspeção computadorizada, que verifica efetivamente a emissão de gases CO, CO2 e HC. Do total de não aprovados, 41,1% foi barrado nesta fase. O monóxido de carbono (CO) reprovou 47,3% dos veículos na inspeção computadorizada. Em 25,4% dos casos, o índice de hidrocarbonetos (HC) estava além do esperado e, em 24,5%%, CO e HC altos foram o motivo da reprovação. Por último, a inspeção visual (presença de equipamentos responsáveis pelo controle de emissões) reprovou 7,2% do total.
Ela que verifica o estado dos sistemas de controle de emissões de gases e ruídos.
Inspeção é necessária até para veículos com um ano de uso
"Por que carros com um ano de uso precisam passar pela inspeção?". Essa é uma das principais dúvidas dos paulistanos que precisam levar o carro para a inspeção. Quem responde é Harald Peter Zwetkoff, presidente da Controlar: "O responsável por determinar quem precisa fazer a inspeção é o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e eles consideraram o perfil do motorista brasileiro, o uso do automóvel e o estado da frota circulante".
De acordo com um levantamento da empresa, em 2011, 1.554.015 veículos com tempo de uso entre um e três anos foram inspecionados e 164.312 foram reprovados, mostrando que não é só porque o carro é novo que ele está funcionando de maneira correta. Zwetkoff complementa: "O uso de combustível de má qualidade pode afetar os sistemas do carro e fazer com que ele polua. As modificações também reprovam, pois um veículo novo sem catalisador pode poluir até 15 vezes mais que um modelo com a peça".
Fonte: site iCarros, 25 de julho de 2012