No primeiro semestre de 2012, o metrô registrou um acréscimo de 20% no número de passageiros em relação ao mesmo período de 2011. Nos trens da CPTM, a alta foi de 14,5%.
Em números absolutos, as lesões dolosas passaram de 135 no primeiro semestre de 2011 para 178 nos primeiros seis meses deste ano.
De acordo com a polícia, a maior parte das ocorrências é de brigas, o que acaba resultando nas lesões.
"As pessoas que vão embarcar e desembarcar, no empurra-empurra, às vezes xingam, têm um desentendimento. As lesões geralmente são levíssimas", diz o delegado.
Também houve um aumento nos registros de lesões corporais culposas (sem intenção). São casos, por exemplo, de passageiros derrubados por outros, na correria para embarcar no vagão.
No primeiro semestre de 2011, foram 39 ocorrências, contra 45 no mesmo período deste ano, o que representa um aumento de 15%.
Segundo o pesquisador Ricardo Monezi, do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp, o passageiro, nervoso, tem "um instinto mais primitivo para forçar a entrada", o que causa brigas. "É quase um ringue de MMA."
Mesmo com o aumento na quantidade de passageiros, houve uma redução no número de roubos e furtos nas plataformas e nos vagões.
Os furtos, por exemplo, caíram pela metade no primeiro semestre deste ano. Foram 774 ocorrências neste ano, contra 1.620 casos no mesmo período do ano passado. Já no número de roubos, a redução foi de 26,4%.
Fonte: jornal Agora, 28 de julho de 2012