"Nosso preço já estava agressivo, em alguns casos até menor que os valores da nova tabela. A diferença quase não vai existir", afirma Gilmar Santos, vendedor da concessionária paulistana Ford Mix.
Na prática, as novas tabelas oficializaram os valores que já vinham sendo oferecidos - devido à queda nas vendas, as revendas vêm dando descontos desde fevereiro. De acordo com o levantamento feito pela reportagem, a redução real de preços é inferior a 3%.
A medida está prevista para durar até 31 de agosto, mas há possibilidade de prorrogação, como ocorreu em 2009.
No mercado de usados, que também sofre com a queda nas vendas, as mudanças dividem opiniões.
Para George Assad Chahade, presidente da Assovesp (Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo), as medidas incentivam o consumidor a partir para o zero-quilômetro assumindo dívidas altas demais, o que pode levar à inadimplência.
"A facilidade para financiar um carro novo induz um consumidor despreparado economicamente a participar do mercado", afirma Chahade.
Já Marcus Tadeu Santin, gerente da Zaidan Automóveis, espera que as vendas voltem a crescer. "Baixando o preço do carro novo, baixa também o do usado. A aquisição fica mais fácil e atraente", diz.
Fonte: Folha de S. Paulo, 27 de maio de 2012