Embora a previsão seja de que haja um ganho de 20% na oferta de lugares nos trens, o diretor de Operações da companhia, Mário Fioratti Filho, diz que a expectativa não é atrair mais passageiros. "É reduzir a superlotação e permitir que as pessoas façam viagens mais confortáveis."
Mudanças
Atualmente, o Metrô controla os trens a partir de uma divisão feita nos trilhos das linhas. A cada 200 metros, há uma divisão. O trem que está em um desses pontos "congela" o trânsito das composições que estão na divisão anterior, para garantir a segurança da operação, e limita a velocidade da terceira divisão atrás dele para ficar a, no máximo, 30 km/h. O resultado é que a distância de um trem para outro chega facilmente aos 500 metros - o espaço poderia ser ocupado por dois trens.
A vantagem do novo sistema é que a divisão nos trilhos deixa de existir. O computador de um trem sabe onde ele está e onde está a composição seguinte. E uma rede ligada ao Centro de Controle Operacional (CCO) transmite informações como a velocidade de cada um, se estão acelerando ou freando.
O resultado é que, quando um trem está parado na estação, o de trás não precisa parar longe dele. Pode continuar andando, em uma velocidade menor. E, quando o primeiro trem sai, o seguinte já está perto da estação. É assim que o intervalo é reduzido, afirma o gerente de Concepção e Projetos de Sistemas do Metrô, David Turbuk.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 4 de março de 2012