O maior avanço aconteceu entre as motocicletas. A frota cresceu espantosos 304%, saltando de 4,5 milhões de unidades em 2001 para 18,3 milhões no ano passado. Como reflexo deste aumento, os motoqueiros já encontram dificuldades para estacionar nas grandes cidades. A Associação dos Motociclistas do estado do Rio de Janeiro, por exemplo, estima que a oferta de vagas de estacionamento para motos não acompanha o crescimento da frota.
O aumento da frota também se reflete na qualidade de vida da população. Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde aponta que quase 30% dos habitantes da Região Metropolitana de São Paulo apresentam transtornos mentais decorrentes do ritmo de vida alucinado da metrópole. Os casos mais comuns envolvem transtornos de ansiedade e de comportamento, mas há também o transtorno explosivo intermitente, causado principalmente por situações de estresse no trânsito.
Mas não é só no eixo Rio-São Paulo que o aumento da frota ganha contornos significativos. Os estados de Tocantins, Maranhão, Amapá, Acre, Piauí e Pará cresceram o dobro da média brasileira em relação ao número de veículos em circulação. No Tocantins - o campeão de expansão -, a frota saltou de 104 mil veículos em 2001 para 437 mil em 2011 - crescimento de 318%.
Enquanto isso, estados como Rio, São Paulo e Paraná apresentaram alta abaixo da média nacional de 121%, demonstrando que já há indícios de saturação de veículos nos grandes centros brasileiros. Em São Paulo, que detém a maior frota do país, o volume de veículos foi de 11,3 milhões para 21,9 milhões em dez anos (+ 94%). Minas Gerais, com a segunda maior frota, possuía 3,4 milhões de veículos em circulação em 2001 e agora comporta 7,6 milhões (+ 124%).
Fonte: MotorDream, 2 de março de 2012