No Rio de Janeiro, os estacionamentos exclusivos para motos - únicos lugares onde é permitido estacionar - estão sempre lotados.
Com uma câmera acoplada ao capacete, nosso produtor encarou a missão. Depois de cinco estacionamentos, não encontrou nenhuma vaga.
Uma prova de fogo diária enfrentada por quem ganha a vida sobre duas rodas. "Está demorando uns 20 minutos, meia hora para arrumar vaga", disse um motoqueiro.
Um motoqueiro até conseguiu estacionar, o problema foi sair de uma vaga tão apertada. Só afastando as motos ao lado. Ou com malabarismos.
A reclamação da Associação dos Motociclistas do estado do Rio é que as vagas vêm diminuindo no Centro. "Isso é uma das áreas que nós perdemos no Centro. Aqui representa em torno de 127 vagas para motocicleta", lamenta Aloísio Braz, presidente da associação. Ele mesmo, motoqueiro convicto, hoje usa o carro para ir trabalhar. A Companhia de Engenharia de Tráfego diz que são duas mil vagas para motos no Centro. E admite que o número não vem acompanhando o crescimento da frota de motos.
"O número de motos licenciadas na cidade tem crescido muito mais do que o número de veículos particulares. A gente tem procurado atender essa demanda", afirmou Ricardo Lemos, diretor da CET-Rio.
Encontrar uma vaga para estacionar uma moto no Centro ficou tão complicado, tão demorado, que algumas empresas que fazem entrega decidiram contratar uma ajuda para os motociclistas. São mensageiros, que ficam parados em pontos estratégicos esperando a moto passar para pegar a encomenda e levar até a porta do cliente.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (Rede Globo), 2 de março de 2012