O custo para o atendimento de pacientes tratados por doenças causadas pela poluição veicular, de acordo com o estudo, pode chegar a cada ano a R$ 1 bilhão.
A diretora-executiva do instituto, Evangelina Vormittag, afirmou que as medidas adotadas pelo município, como a adesão neste domingo ao Dia Mundial sem Carro e o estudo para implementar a cobrança de pedágios no centro da cidade, são também um assunto de saúde pública.
"Com a restrição do tráfego de veículos e levar as pessoas a usarem um transporte fisicamente mais ativo, como as bicicletas ou o simples fato de caminhar, existe uma redução das taxas de colesterol, e com um maior controle da obesidade haverá menos doenças", disse Evangelina.
A falta de mobilidade e o alto fluxo veicular têm, segundo a pesquisadora, efeitos nos níveis de estresse e ansiedade das pessoas, que passam a tolerar menos o barulho e o tempo perdido nos engarrafamentos.
O urbanista e professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), João Sette Whitaker, considerou em entrevista à Efe que o contexto da cidade é "problemático".
"Para o professor, "quando isso colapsa e começa a perturbar a classe média, surge então a questão de mobilidade em discussão e se descobre que o modelo de mobilidade estruturado nos carros era insustentável".
No entanto, Whitaker considera que não é o momento para pensar em uma restrição permanente de veículos no centro da cidade, devido a que uma proposta nesse sentido só funcionaria com o melhoramento do serviço de transporte público.
Fonte: UOL Notícias, 23 de setembro de 2013