Hoje, o governo tem que desembolsar R$ 3,13 por passageiro que usa exclusivamente a linha amarela - gastando mais do que os R$ 3 que cobra de passagem.
A passagem chegou a subir para R$ 3,20 em junho, mas o governador Geraldo Alckmin voltou atrás após a onda de protestos.
No primeiro semestre, o número dos passageiros exclusivos dobrou em relação ao ano passado. Já o de passageiros que fazem integração subiu apenas 8%.
O aumento dos repasses também ocorreu porque a tarifa de remuneração, que não é vinculada à tarifa pública, teve em fevereiro o reajuste anual previsto em contrato.
O valor passou de R$ 2,93 para os R$ 3,13, aumento de 7%. Foi a primeira vez, desde que o contrato foi assinado, em 2006, que a tarifa de remuneração superou a passagem cobrada dos usuários.
PPP
A linha amarela foi a primeira PPP (Parceria Público Privada) do país. O governo ficou responsável pela construção dos túneis e estações, e a ViaQuatro comprou trens e implantou os sistemas de operação em troca do direito de operar a linha por 30 anos.
Segundo pesquisa da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), os usuários consideram a linha a melhor da rede paulistana.
Na linha 6-laranja, que será a primeira PPP em que a construção também será feita por uma concessionária, o critério de remuneração aboliu a divisão por tipo de passageiro e adotou tarifa única.
As últimas estações da linha amarela a serem inauguradas foram República e Luz, em setembro de 2011.
No mês seguinte, a linha começou a operar em horário integral.
Fonte: Folha de S. Paulo, 21 de setembro de 2013