Chicago se juntou, neste ano, ao crescente número de pequenas e grandes cidades que enviaram policiais de trânsito para fazer motoristas prestarem mais atenção aos pedestres. Com a ajuda de Grace, a polícia parou 78 veículos em apenas duas horas e disse que eles tinham violado uma lei que está presente nos códigos de trânsito há anos. Os motoristas davam todos os tipos de explicações: um viu o pedestre na faixa, mas não tinha ouvido falar sobre a lei que o obriga a parar. O outro sabia da lei, mas não tinha visto o pedestre.
Só em Chicago, 65 pedestres morrem por ano, em média. Esse número diminuiu, mas existe a preocupação de que possam subir novamente, conforme mais veículos chegam às ruas, e a população de idosos aumenta. "Estamos começando a ver um desejo saudável das pessoas mais velhas em permanecer ativas e irem para suas caminhadas diárias", afirmou Doug Hecox, porta-voz da NHTSA. "Isso, junto com mais carros... é uma receita para o perigo."
Em Chicago, os policiais dão uma breve palestra sobre a lei aos motoristas e, em seguida, os mandam seguir. Mas a polícia compreende que mais eficaz do que a palestra é a multa. "Se não há a real ameaça de levar uma multa, eles não irão realmente prestar atenção", disse o policial Chuck Trendle, que estava trabalhando com Grace. A ameaça de uma multa pareceu funcionar em Bellingham, Washington. Depois que a cidade começou um programa de fiscalização em 2002, a porcentagem de motoristas que reduziram a velocidade para os pedestres aumentou ao menos 25%.
Em Saint Petersburg, na Flórida, os resultados foram ainda mais impressionantes. A porcentagem de condutores que respeitaram os pedestres saltou de 2%, em 2003, para 82%, em 2007, após a fiscalização começar a aplicar multas, educando o público e instalando alertas piscantes. O número de atropelamentos caiu 17% entre 2005 e 2006.
Fonte: Associated Press, 16 de julho de 2008