Desde o surgimento do código de trânsito, há dez anos, diz Marques, o efetivo da Polícia Rodoviária Federal se manteve o mesmo. E o órgão ganhou mais atribuições, como a fiscalização do tráfico de drogas e de armas e da prostituição infantil. "Mas a frota de veículos cresceu (proporcionalmente) mais que a população", diz. Para ele, as leis de trânsito brasileiras são tão rígidas quanto na Inglaterra, França e Austrália. "A diferença está na capacidade de fiscalizar."
Já o consultor de transportes Luiz Célio Bottura lamentou o projeto e ressalta que faltaram propostas para a educação dos motoristas.
Medidas como o reajuste dos valores das multas, o aumento do rigor em relação ao uso de celulares e à fiscalização de rachas receberam elogios. Mas a falta de alguns itens foi questionada. "Onde está a proibição ao tráfego de motos nos corredores entre os carros?", disse o consultor Flamínio Fichmann.
Fonte: Folha de S. Paulo, 20 de julho de 2008