Parking News

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) adiantou, dia 16, ao jornal Estado de S. Paulo, a lista de locais adjacentes a estações que ganharão estacionamentos para carros em um prazo de 12 a 15 meses. Essas vagas ficarão em terrenos nas Estações Marechal Deodoro, Brás, Vila Matilde, Tucuruvi, Tamanduateí, Imigrantes, Corinthians-Itaquera e Guaianases (operação conjunta com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
O Metrô ainda iniciou negociações com a Prefeitura e estuda mais sete áreas municipais - incluindo vizinhanças das Estações Santa Cecília, Patriarca, Artur Alvim, Armênia e Jardim São Paulo - que também podem ganhar vagas. As Estações Corinthians-Itaquera e Imigrantes terão estacionamentos abertos até dezembro.
Dia 17 foi inaugurado o primeiro estacionamento em área da CPTM, ao lado da Estação Jandira da Linha 8-Diamante (Júlio Prestes - Itapevi), que terá até bicicletário. Mais quatro estações - São Caetano, Guaianases, Jaraguá e Pirituba - terão vagas em operação em até três meses, segundo o gerente da CPTM Renato Bellelis. A diferença entre os projetos está no fato de que os estacionamentos da companhia serão operados pela iniciativa privada.
Com o "Metrô Fácil Estacionamento", o motorista poderá pagar a estadia do veículo com o bilhete único. O valor a ser desembolsado (ainda a ser determinado) dará direito a estacionamento e duas passagens (ida e volta), válidas por até 12 horas, em uma integração metrô-carro. "Se a pessoa ultrapassar as 12 horas, pagará R$ 1,00 por hora adicional", explicou o assistente da Gerência de Negócios do Metrô, Marcio Mazziero. "Vamos pesquisar os valores dos estacionamentos nos arredores para oferecer sempre uma tarifa mais atrativa."
Para o coordenador da comissão de integração de sistemas de transporte da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Alberto Benedito de Lima Junior, São Paulo poderia ter ao menos 60 mil carros fora de circulação, entre 7 e 9 horas, se já existissem estacionamentos suficientes integrados às estações de Metrô. Ele é autor de uma tese de mestrado que mostra que 17 mil paulistanos fazem diariamente o "park and ride" - expressão inglesa para quem vai de carro até o metrô e segue até o centro usando transporte público.
"Na verdade, o número é maior", diz Lima Junior. "No meu estudo eu me detive nas pessoas que vão trabalhar, o que dá 70% do total das que fazem park and ride". Segundo ele, pode parecer pequeno o número de 17 mil pessoas, mas fariam diferença, principalmente por se tratar do horário de pico. Segundo ele, há potencial para triplicar o número de pessoas que praticam o park and ride, chegando aos 60 mil citados. Isso representaria 60 faixas de ruas e avenidas desocupadas no horário de pico, levando em conta o cálculo de mil carros por faixa. Para estimular o park and ride, a solução seria reduzir os preços dos estacionamentos perto das estações de metrô ou encarecer os do Centro. "É preciso pensar também na revitalização do meio urbano. Os estacionamentos invadiram o Centro." As estações também devem ter o máximo de integração com os estacionamentos.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 17 de julho de 2008

Categoria: Fique por Dentro


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