O mercado brasileiro vinha num ritmo de vendas acelerado durante todo o ano de 2009 e no primeiro trimestre deste ano, que fechou com o recorde mensal de 353,7 mil veículos vendidos em março, incluindo caminhões e ônibus. Nesse período, o consumo foi beneficiado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que voltou a ser cobrado integralmente em abril.
No primeiro mês sem desconto no IPI, as vendas caíram 21,5%, para 277,8 mil unidades. Em maio, houve nova queda de quase 10%, para 251,1 mil veículos. No acumulado do ano, entretanto, o resultado é o melhor obtido para esse período. A projeção das fabricantes é de encerrar 2010 com 3,4 milhões de veículos vendidos, 8% a mais do que no ano passado. Esse volume, se confirmado, deverá assegurar o posto de quarto maior mercado global de veículos, uma posição à frente da obtida no ano passado. As previsões de analistas apontam que as vendas na Alemanha continuarão em queda. Uma vez conquistado o quarto lugar no ranking, dificilmente o Brasil avançará mais.
A China, líder da lista, vendeu de janeiro a maio 5,4 milhões de veículos e os Estados Unidos, que começam a se recuperar da crise, venderam 4,6 milhões, segundo dados preliminares. O Japão, terceiro colocado, acumula até agora 2,08 milhões de veículos comercializados.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 7 de junho de 2010