Um dos objetivos da motofaixa é reduzir acidentes. Mas no primeiro dia houve risco constante, tanto na travessia de pedestres que desconheciam a nova faixa como porque as motocicletas não se separaram totalmente dos carros.
Diferentemente do que a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) dizia, os motociclistas deixavam a motofaixa a todo momento.
A reportagem verificou que ela tem menos que os 2 m de largura informados pela prefeitura em ao menos dois pontos: na altura do largo da Pólvora, 1,54 m; na esquina com a Barão de Iguape, 1,63 m. "Ainda assim, é melhor que andar entre filas de carros", defendeu Antonio Dias, motoboy. "Mas ultrapassar na motofaixa não dá."
No primeiro dia da nova pista, uma mulher de 71 anos foi atropelada no final da manhã por uma moto quando atravessava fora da faixa de pedestres na Av. Liberdade, mas sem ferimentos graves. Como ela, muitas pessoas atravessavam sem perceber a motofaixa.
A CET considera a estreia da motofaixa positiva, mas diz ser um "período de adaptação". Ela afirma que os dois pontos mais estreitos foram motivados pelo desnível da pista e da sarjeta. Mas alega haver espaço seguro porque uma moto ocupa 85 cm.
Fonte: BOL Notícias, 3 de junho de 2010