Parking News

Palavras complicadas de entender tornam a visita ao mecânico uma tarefa nem sempre fácil. O vocabulário mecânico é extenso, mas o portal G1 esclarece algumas palavras questionadas pelos internautas, como homocinética, sobresterço, relê e cubo de roda. Confira essas e outras dúvidas sobre veículos.

Meu carro quebrou e no relatório da mecânica dizia que ele estava sem estrias na junta homocinética. Pode me explicar?
- G1 - Algumas peças no veículo possuem estrias, geralmente, engrenagens. As estrias são os sulcos internos ou externos na peça, que pode ser metálica ou mesmo de plástico, a depender da aplicação. Para entender melhor, as estrias são as ranhuras que unem uma engrenagem a outra e desse modo quando uma gira acaba por movimentar a outra acoplada por meio das estrias. No caso da junta homocinética, as estrias ficam na ponta da peça e são elas que transmitem a rotação do motor às rodas. Então, as estrias devem ter desgastado, a engrenagem patina e o carro não anda.

Vi uma reportagem que falava de sobresterço, mas não entendi. Do que se trata?
- G1 - O sobresterço pode ser utilizado na apresentação de um automóvel, geralmente quando existe uma opinião técnica da pilotagem desse veículo. Trata-se de uma característica de comportamento dinâmico do carro, que resulta na tendência do automóvel sair de traseira em uma curva. Em outras palavras, indica quando um veículo tem a probabilidade de sair mais de traseira do que de dianteira ao entrar em uma curva mais rápida, o que exige atenção e habilidade do motorista para fazer a correção de trajetória. Essa correção é feita ao aplicar o contra-esterço na direção, que nada mais é que, ao perceber a traseira escorregando, apontar as rodas dianteiras para o lado contrário a fim de corrigir a direção do automóvel. Essa é uma característica dos carros de tração traseira, como, por exemplo, Chevrolet Opala e Chevette, e também dos modelos com tração nas quatro rodas.

O mecânico disse que meu freio está ruim por causa do cubo. O que é cubo de roda?
- G1 - Essa peça é a parte central da roda ou de um componente que gira, na qual costumam ficar os rolamentos e os elementos de fixação. Normalmente, conta com reforços e parede de maior espessura. Na prática, é onde a roda vai fixada. O cubo de roda também pode ser o próprio tambor ou disco de freio.

Algumas coisas do meu carro deixaram de funcionar e disseram que é o relê. O que é isso?
- G1 - O relê é um dispositivo eletromecânico cuja função é efetuar uma ligação elétrica, por meio de uma corrente de baixa intensidade, ou popularmente conhecida por baixa amperagem, para outra de alta amperagem. Desse modo, os interruptores que seguem a bordo do automóvel não precisam ser reforçados e com grandes volumes. Na prática, é um interruptor que, sob a ação de uma força e intervalos previstos, interrompe o fluxo de corrente no circuito primário dos sistemas eletrônicos e de ignição.

Estou à procura de um carro novo, quero um modelo mais "adventure", mas vejo falar de crossover e não sei qual é esse tipo de carro.
- G1 - Esse termo é uma palavra em inglês que define a mistura de raças. Na área automotiva começou a ser utilizado no Salão do Automóvel de Detroit, nos EUA, no ano de 2000. Naquela época, as marcas apresentaram modelos que misturavam conceitos diferentes como, por exemplo, utilitários esportivos com peruas e as peruas com minivans. No Brasil, o termo é mais utilizado na primeira opção.

Quando vou lavar meu carro percebo que sempre sai uma sujeira preta das rodas dianteiras, como se fosse óleo. Isso é perigoso? Tem alguma coisa errada com o freio?
- G1 - Não precisa se preocupar. O que acontece é que na maioria dos modelos nacionais as rodas dianteiras dos carros são equipadas com freios a disco. Esse tipo de freio conta com pastilhas que, ao se desgastar com o tempo, soltam uma leve poeira nas rodas, de cor preta. É assim mesmo, não tem nada de errado.

Gostaria de saber qual a velocidade máxima em uma rua sem placa de velocidade?
- G1 - O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define no artigo 61 as regras sobre limite de velocidade dos automóveis. De acordo com o CTB, a velocidade máxima permitida para a via pública será indicada por meio de sinalização, obedecidas as características técnicas e as condições de trânsito. Entretanto, no Parágrafo 1º é explicado o limite onde não existe sinalização regulamentadora, desse modo a velocidade máxima será de:

I - nas vias urbanas:
a) 80 km por hora, nas vias de trânsito rápido;
b) 60 km por hora, nas vias arteriais;
c) 40 km por hora, nas vias coletoras;
d) 30 km por hora, nas vias locais;

II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 km por hora para automóveis e camionetas;
2) 90 km por hora, para ônibus e microônibus;
3) 80 km por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, 60 km por hora.

O CTB ainda define no seu Parágrafo 2º que o órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via em questão poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas na tabela anterior. Vale ressaltar que na dúvida de não saber como identificar o tipo de via, o melhor é ser prudente e usar o bom senso.
Fonte: portal G1, 22 de outubro de 2009

Categoria: Geral


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