Tanto o comportamento dos preços no atacado como no varejo ajudou na suavização do ritmo de alta do IGP-M entre setembro e outubro. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, caiu para 0,04% agora, ante o 0,53% do nono mês de 2009. Os produtos agropecuários diminuíram 0,92% e os produtos industriais aumentaram 0,35%. Dentre os estágios componentes do IPA, as Matérias-Primas Brutas ficaram no terreno negativo, com queda de 0,16%. Em setembro, o recuo foi mais acentuado, de 0,73%. Os Bens Intermediários avançaram 0,12% em outubro e os Bens Finais, 0,07%, após alta de 0,78% e 1,11%, nesta ordem, no mês antecedente.
Seguindo um acréscimo de 0,28% em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, marcou agora 0,03% de elevação. O grupo Alimentação influenciou nessa desaceleração ao registrar baixa de 1,08% em outubro, uma inversão da direção tomada um mês antes, de 0,57% de aumento.
A deflação nos alimentos foi consequência da queda nos preços das hortaliças e legumes e das frutas, informou a FGV no comunicado. Despesas Diversas também viram alta mais modesta, de 0,33%, após ampliação de 0,50% em setembro.
Na contramão, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do indicador geral, passou de um acréscimo de 0,07% em setembro para 0,13% no mês seguinte. Os materiais, equipamentos e serviços avançaram 0,19% e o grupo mão de obra cresceu 0,06%.
O IGP-M, usado na correção de tarifas de energia e de boa parte dos aluguéis, ainda tem baixa no acumulado do ano, de 1,57%. Em 12 meses, há redução de 1,31%.
Fonte: Valor Online, 29 de outubro de 2009