Segundo o Diário de Pernambuco, as 2.320 vagas insuficientes de Zona Azul são disputadas praticamente a tapas nas ruas apertadas do comércio mais popular. O folheto é vendido por R$ 2,00 pelos flanelinhas, o dobro do valor pago em pontos oficiais. Quem preferir, pode desembolsar, no mínimo, R$ 3,00 por duas horas de permanência em estacionamento particular, caso encontre uma vaga.
Segundo estimativas do Departamento Nacional de Trânsito (Detran), somente no Recife, são mais de 500 mil carros registrados e há um incremento mensal de cerca de 3,5 mil novos carros. Um dos projetos da Prefeitura do Recife para desafogar o trânsito e criar mais vagas de estacionamentos nas ruas do centro ainda não saiu do papel. Em março passado, a prefeitura anunciou que daria incentivos fiscais para empresários que quisessem investir na construção de edifícios-garagem para tentar reduzir o déficit de vagas. "Estamos avaliando o impacto dessa medida na receita da prefeitura. Só no próximo ano teremos condições de desenvolver a ideia e ter certeza se ela será viável", explicou o prefeito João da Costa.
Há o registro de 117 estacionamentos privados, de modalidades variadas.
Problema de difícil solução
Especialistas em trânsito são unânimes em afirmar que a solução para reduzir os engarrafamentos e dispor de mais vagas seria a criação de bolsões de estacionamentos junto aos metrôs e em áreas próximas dos grandes centros urbanos. Eles defendem também o investimento em transporte público.
Fonte: Diário de Pernambuco (Recife), 19 de novembro de 2009