O consultor Fernando Prada, por exemplo, vendeu o carro usado na concessionária e comprou um novo em 60 parcelas, sem entrada, com juros de 1,38% ao mês. Os R$ 8.500,00 que recebeu já tinham destino certo. "Eu saldei contas parceladas de cartão, saldo de cheque especial. Ainda sobrou dinheirinho pra gastar agora no final do ano", afirmou.
A diferença é grande. Enquanto o cheque especial tem taxa de cerca de 7% ao mês e o juro do cartão de crédito passa de 10%, o do financiamento de automóveis fica em 1,45%. Ele é mais barato porque o risco para o banco é menor já que a garantia é o próprio veículo. As lojas estimulam esse tipo de negócio.
Especialistas veem vantagens, mas alertam que ao trocar uma dívida pela outra não se deve levar em conta apenas os juros. "As pessoas olham só a taxa e esquecem o montante e o prazo. Talvez seja melhor procurar um empréstimo pessoal num banco, que vai ter juros maiores, mas que só vai financiar aquela parte que ele precisa", disse o professor de finanças William Eid, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fonte: Jornal Nacional, 21 de novembro de 2009