O parâmetro - média em cada sentido - era próximo de 500/hora dois meses atrás e 700/hora antes da abertura do trecho sul do Rodoanel. O perfil majoritário agora é de VUCs, caminhões de até 6,30 m, liberados nessas vias mediante cadastro prévio.
A queda contribuiu para que os carros rodassem com uma velocidade média de 34 km/h no trajeto completo entre a marginal Pinheiros e a Bandeirantes - percorrido três vezes durante a manhã.
É mais rápido do que aferições recentes divulgadas pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para essas vias, perto de 28 km/h. Mas, em diversos momentos e trechos, esse ritmo foi mais devagar. Na Bandeirantes, filas de carretas foram parcialmente substituídas por carros e ônibus fretados.
Velocidade
Segundo a CET, a lentidão na Bandeirantes, que passava de 7,3 km num dia de setembro de 2009, se limitou a 1,5 km dia 2 de setembro. Já na marginal Pinheiros ficou praticamente estável, com 6,7 km - agravada por um acidente com caminhão de refrigerante.
A proibição aos caminhões das 5h às 21h também atinge as avenidas Afonso DEscragnole Taunay e Roberto Marinho. A meta é reduzir em 80% os veículos pesados que usam as vias em relação a março, período anterior ao trecho sul do Rodoanel.
Efeito colateral
Para o presidente do Setcesp (sindicato das empresas de carga), Manoel Sousa Lima Jr., "o trânsito mudou de lugar" devido ao aumento do fluxo perto do Morumbi, como na Giovanni Gronchi e Francisco Morato.
No entanto, a CET afirmou que "não foi observada migração" do tráfego. Dia 2, a lentidão de manhã na capital paulista ficou 17% acima da média. À tarde, 27% abaixo do normal. Também houve alta próxima de 30% de caminhões que rodavam no Rodoanel havia um mês, conforme contagem da Folha.
"Ando 18 km mais pelo Rodoanel. Mas, por dentro de São Paulo, a gente atrapalha os carros e os carros atrapalham a gente", avaliou Donizete Aparecido Barbosa, transportador de açúcar.
Fonte: Folha de S. Paulo, 3 de setembro de 2010