Avenidas como João Jorge Saad e Giovanni Gronchi, no Morumbi (zona oeste), e Cupecê (zona sul) passaram a ser usadas por caminhoneiros que antes percorriam a marginal Pinheiros e as avenidas dos Bandeirantes, Jornalista Roberto Marinho e Afonso DEscragnole Taunay, agora vetadas a eles.
Fernanda Vasconcelos, moradora e dona de uma banca de jornais na Cupecê, reclamava do barulho causado pelo tráfego pesado. "Nem dá para escutar a televisão em casa", contou.
Para o advogado Antônio Carlos Nogueira, morador do Morumbi, o maior problema era o tráfego na avenida que leva o nome do bairro. "No meu caminho para o centro, fez uma diferença absurda", disse. "Isto aqui não comporta trânsito mais pesado do que já é. A médio prazo, vai piorar muito."
O caminhoneiro Sérgio da Rocha Jr., de Curitiba, que costuma fazer o trajeto entre o Paraná e o porto de Santos, disse que estava experimentando uma nova rota, pela avenida Cupecê. "Querem que usemos o Rodoanel, mas por aqui pode ser melhor. Estou testando. Na semana que vem uso o Rodoanel."
Mesmo depois de um mês de orientações, caminhoneiros continuavam a trafegar dia 3 de setembro pelas vias proibidas. Em duas horas, a reportagem flagrou 159 veículos infringindo a regra.
Fonte: Folha de S. Paulo, 4 de setembro de 2010