Por ora, enquanto a 23 de Maio ainda recebe motociclistas, a motofaixa é apenas uma opção de circulação. O trajeto de 3,5 km de extensão (7 km, se somados os dois sentidos da via) tem início na Avenida Lins de Vasconcelos e segue até Avenida da Liberdade, próximo à Praça da Sé.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), passados os 90 dias, a circulação na 23 de Maio será parcialmente proibida para as motos. Quando isso acontecer, a moto faixa será a principal ligação Centro-zona sul para as motos. O motivo principal para a restrição de circulação de motos na avenida é o alto índice de acidentes de trânsito envolvendo motoboys: em 2009 foram em média 22 acidentes por quilômetro da avenida.
No dia 8 de junho, foi pacífica a convivência de motoqueiros, motoristas e pedestres, graças à presença de 52 agentes de trânsito espalhados pelos cruzamentos da Rua Vergueiro e da Avenida da Liberdade. Presentes também 50 orientadores do programa Travessia Segura, que orientavam os pedestres. Apesar das medidas de precaução, alguns pedestres arriscaram a vida e fizeram travessias fora das faixas de segurança. "A faixa poderia ser maior. Tenho certeza que daqui a pouco, quando houver a proibição, ela ficará lotada de motos", disse Wellington Pio Cerqueira.
Os próprios motoqueiros alertam para o risco de atropelamento. "A faixa é boa, mas o pedestre tem de prestar atenção. Muita gente circula a pé na Avenida da Liberdade. Se bobear, o motoqueiro acaba atropelando alguém", disse Leomar Lopes de Almeida.
Fonte: Diário do Comércio (SP), 9 de junho de 2010