A linha terá 16 km e 14 estações. No total, o Metrô pretende desapropriar até 350 imóveis comerciais e residenciais, além de mais de uma dezena de grandes terrenos - de acordo com as primeiras indicações da companhia, haverá mais de 50 desapropriações em áreas nobres de Consolação, Higienópolis e Perdizes. Esse número pode ser um pouco menor, de acordo com as negociações - entre os possíveis desapropriados durante o trajeto estão prédios residenciais, a sede da escola de samba da Vai-Vai, estacionamentos e um supermercado da Avenida Angélica.
A linha começa na Estação São Joaquim e passa pelas Estações 13 de Maio/14 Bis, Higienópolis/Mackenzie, Angélica, Cardoso de Almeida, Perdizes, Pompeia, Água Branca, Santa Marina, Freguesia do Ó, João Paulo I, Itaberaba, Cardoso e Brasilândia. Segundo as projeções de demanda do Metrô, a linha deve ter um movimento diário de 598.426 pessoas. A maior estação a ser construída será a Santa Marina, perto da Marginal do Tietê, que deve receber 73.157 pessoas por dia.
Todos os dados da Linha Laranja estão contidos no edital para contratação do plano macro das desapropriações, lançado no fim de maio. Analisando o material, é possível notar grande preocupação em evitar desapropriações de imóveis residenciais em bairros centrais e mais valorizados, enquanto na periferia isso não ocorre. Também chama a atenção o fato de que o Pacaembu continuará sem estações, enquanto a região do Parque Antártica ganhará mais uma linha, próxima da Estação Barra Funda.
Segundo a companhia, os nomes das estações ainda devem passar por mudanças, mas não a localização - historiadores vão ajudar a batizar as novas paradas. A assessoria do Metrô também afirma que o projeto básico ainda está em andamento e, enquanto não for concluído, não é possível afirmar quantos e quais imóveis serão necessários desapropriar para a construção. A Linha Laranja terá seu projeto executivo terminado até o segundo semestre de 2011 e as primeiras estações deverão ser entregues entre 2013 e 2014.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 10 de junho de 2010