Os próprios flanelinhas afirmam que as principais avenidas da cidade estão sendo fragmentadas em trechos, repartidos entre a categoria de maneira aleatória. Com essa "divisão territorial" das vias da cidade, dificilmente se consegue estacionar um veículo na capital sem se deparar com um destes trabalhadores de rua. A travessa Rui Barbosa, por exemplo, no trecho compreendido entre as avenidas Nazaré e a Brás de Aguiar, está sendo compartilhada por cinco membros da família Cruz - todos guardadores de veículos.
Ronaldo Cruz, um dos mais antigos no posto, trabalha no local há 13 anos e afirma conhecer um pouco das regras de trânsito. Mesmo assim, ele é defensor ferrenho da fila dupla, normalmente formada por usuários de um banco e de uma universidade que não possuem estacionamento. No entanto, o flanelinha ainda não atentou para o congestionamento quilométrico que a fila dupla gera.
Fonte: O Liberal - Belém (PA), 10 de abril de 2010