O usuário de estacionamentos pagos tem como uma das prioridades a comodidade. Para ele, comodidade é estacionar o mais próximo do local de destino e, preferencialmente, entregar o carro a um manobrista. Ainda que isso lhe custe mais.
Prefere pagar mais a andar mais. É o comportamento do avulso detectado pela pesquisa com usuários e não usuários de estacionamentos, realizada em novembro de 2009 pela empresa de consultoria Hora H, a pedido do Sindepark, e cujos resultados foram apresentados às empresas associadas em 13 de abril.
Já o mensalista tem outro comportamento, levando em conta o preço e o pagador. Que é, muitas vezes, o seu empregador.
Com relação aos eventuais, 61% dizem estar dispostos a entregar o seu veículo a um valet, caso encontrem o serviço no seu destino. Essa proporção cai entre os mensalistas ou os que estacionam em locais permitidos. Dos que usam zona azul, apenas 32% estão dispostos a trocar por um valet. Dos que estacionam em locais não permitidos, apenas 23% estariam dispostos à troca.
Mas, entre a opção de manobrar o seu veículo e levar a chave ou entregar a um manobrista, os que preferem a primeira opção é predominante.
O maior volume de usuários de estacionamentos são os eventuais ou avulsos, com grande rotatividade. Muitos são os que frequentam um determinado estacionamento pela primeira vez. Isso pode explicar por que o preço não é tão relevante. O motorista não conhece a área e não tem condições de ficar buscando um estacionamento mais barato. A regra de afixar placa com os preços na entrada para orientação dos usuários nem sempre é seguida. Outro dado relevante da pesquisa é o comportamento dos usuários do metrô. Mesmo tendo carro, poucos usam-no como meio de chegar à estação, seja estacionando, como carona ou "kiss and ride". A maior parte segue a pé (o que indica proximidade da moradia ou do trabalho com a estação) ou usa o ônibus.
Essas são avaliações preliminares que serão aprofundadas na próxima semana.
* Jorge Hori é consultor em Inteligência Estratégica do Sindepark. Com mais de 40 anos em consultoria a governos, empresas públicas e privadas, e a entidades do terceiro setor, acumulou um grande conhecimento e experiência no funcionamento real da Administração Pública e das Empresas. Hori também se dedica ao entendimento e interpretação do ambiente em que estão inseridas as empresas, a partir de metodologias próprias.