Pelas regras do leilão, era declarado vencedor aquele que oferecesse a menor tarifa para operar determinado trecho. A OHL, que já detém 1.147 km de estradas em quatro concessões no interior de São Paulo, apresentou propostas com deságio de 39,35% a 65,43%, e ganhou cinco lotes de rodovias, inclusive as mais cobiçadas, a Régis Bittencourt (BR-116) e a Fernão Dias (BR-381), para as quais ofereceu tarifas de R$ 1,364 e R$ 0,997, respectivamente.
A Acciona arrematou o último lote do leilão, a BR-393. A empresa recorreu à Justiça por ter sido desqualificada do leilão, no dia anterior, por causa de uma confusão na entrega de documentos. Para levar adiante a disputa, a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) verificou os envelopes, encontrou o documento trocado e prosseguiu o leilão com a participação da espanhola, que teve a proposta aberta em um lote já fechado. A liminar ainda terá de ser cassada. Portanto, o resultado do leilão ainda está sub judice.
Após a paralisação, a BRVias, cujas propostas sempre ficavam em segundo lugar, conseguiu arrematar a BR-153. Detalhe: a OHL não fez oferta para esse lote nem para o trecho vencido pela Acciona. A espanhola ainda levou a BR-116, entre o Paraná e a divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Fonte: O Estado de S. Paulo (SP), 10 de outubro de 2007