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O consumidor terá, a partir de agora, mais dificuldade para comprar veículos sem entrada. Pelas normas anunciadas dia 3 de dezembro pelo Banco Central, haverá restrições de recursos para financiamentos com prazo superior a 24 meses. Pela nova regra, para não cair na restrição, os bancos deverão exigir uma entrada de ao menos 20% nos financiamentos entre 24 e 36 meses para carros novos ou usados. Nos parcelamentos entre 36 e 48 meses, a entrada sobe para 30%. Entre 48 e 60 meses, para 40%, explica o BOL Notícias.
Todas as vendas de veículos com prazo superior a 60 meses terão restrição, independentemente da entrada. Para restringir essas operações, o BC vai exigir que os bancos façam uma reserva de capital 50% maior para garantir esses empréstimos.
Hoje, para cada R$ 100 emprestados, o banco precisa ter uma reserva de R$ 11. Nos financiamentos que o BC classificou como de "prazos muito longos ou garantias insuficientes", o valor da reserva sobe para R$ 16,50.
Isso significa que, se o banco fizer essas operações, terá menos recursos para emprestar.
Regra similar foi adotada para os empréstimos consignados acima de 36 meses e para o crédito pessoal ou aquisição de bens acima de 24 meses. Em todos os casos, os bancos poderão oferecer as operações se elevarem a reserva, mas isso encarece e desestimula o financiamento.
A medida vale somente para novos empréstimos, concedidos a partir de 6 de dezembro.
Como o BC quer restringir apenas o crédito ao consumo, não haverá restrição de prazo para crédito imobiliário, rural ou aquisição de veículos de carga com capacidade de transporte acima de duas toneladas, como caminhões. O crédito a pessoas jurídicas também não foi afetado.
Fonte: BOL Notícias, 3 de dezembro de 2010

Categoria: Geral


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