"O avanço da esperança já era esperado porque o Brasil avançou em saneamento, não tanto quanto deveria, escolaridade maior, disseminação do sistema de saúde e, hoje, a população já busca se tratar na rede hospitalar, que ainda é precária", disse o coordenador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Juarez Oliveira.
Apesar dos avanços nos últimos anos, a expectativa de vida do brasileiro continua abaixo de outros países em desenvolvimento como Venezuela (73,8), Argentina (75,2), México (76,1), Uruguai (76,2) e Chile (78,5).
No Japão, a esperança de vida ao nascer é a maior do planeta, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), de 82,7 anos, seguido de Islândia, França, Canadá e Noruega. Nos Estados Unidos, a expectativa média de vida é de 79,2 anos.
Segundo o IBGE, entre 2000 e 2009, a esperança de vida do brasileiro cresceu 2 anos, 8 meses e 15 dias, e em relação a 1980, aumentou 10 anos, 7 meses e 6 dias.
O IBGE estima que em 2050 a esperança de vida do brasileiro seja de 81,3 anos e, em 2100, de 84,3 anos.
Brasília tem a maior esperança de vida do Brasil: 75,7 anos. A taxa mais baixa foi registrada em Alagoas: 67,5 anos. Em São Paulo, a esperança era de 74,7 anos em 2009, a quinta maior do País; no Rio de Janeiro a taxa era de 73,6, a décima maior.
Em 1980 a diferença na esperança de vida entre mulheres e homens era de seis anos, de acordo com o IBGE. Já em 2009, a distância a favor das mulheres já era de cerca de 7,5 anos. "Os homens são mais vítimas da violência e de acidentes de trânsito. Na faixa de 15 a 24 anos, há um grande número de óbitos masculinos", avaliou o coordenador do IBGE.
Segundo ele, a projeção é que em 2050 o País tenha 14 milhões de mulheres a mais que homens.
Fonte: agência Reuters, Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2010