Atualmente, quatro cidades chinesas controlam a venda de veículos, incluindo metrópoles como Xangai e Pequim. Nesses locais, a população só pode adquirir um carro novo para uso privado através de loterias ou sorteio de placas. A expectativa é que mais oito cidades adotem políticas de comercialização semelhantes, reduzindo em 400 mil o número de automóveis novos nas ruas.
A associação que reúne as fabricantes de automóveis do país não aceita completamente a decisão e alega que o mercado não para de crescer. Mesmo sendo o maior consumidor de carros do mundo, a China ainda está aquém de países desenvolvidos em termos de proporção veículo/habitante e promete potencial para expandir ainda mais. Só na capital Pequim, a frota saltou de 3,13 milhões de unidades em 2008 para 5,18 milhões no ano passado. Por mês, a cidade sorteia 20 mil placas e só em 2012 foram 1,53 milhão de ganhadores que se tornaram aptos a comprar um carro.
No entanto, especialistas afirmam que as políticas do governo não são suficientes para controlar a poluição do ar ou os engarrafamentos. ?A restrição à venda de carros não consegue alcançar os resultados esperados porque ela apenas retarda o aumento do número de carros, quando na verdade deveria reduzir?, afirma Zhao Jian, especialista em transportes. ?O efeito sobre a poluição é mínimo, porque já há muitos automóveis nas ruas?, finaliza.
Fonte: Carplace, 12 de julho de 2013