O sistema, batizado de "e-pare", já foi apresentado aos técnicos da CET. Porém, pelo menos por enquanto, não há qualquer intenção de testar o sistema na cidade de São Paulo. Um dos poucos entusiastas desse modelo é o próprio inventor do "e-pare", o mineiro Alberto Saraiva - homônimo do fundador da rede de fast-food Habib"s.
Segundo Saraiva, o sistema está baseado em um cadastramento prévio do motorista e a cobrança fracionada de créditos pelo tempo de uso da vaga. Essa compra pode ser via telefone ou internet. De posse desses créditos, o motorista para em uma vaga de estacionamento com o e-pare. Cada vaga possui um sensor que emite um alerta da presença do veículo para um terminal instalado na rua.
"Pelo modelo proposto, o motorista cadastrado tem 10 minutos para informar os seus créditos no terminal. Do contrário, ele estará sujeito a multa", explica Saraiva.
Para o criador do sistema, a novidade é que não há necessidade de um fiscal flagrar a irregularidade pelo uso da vaga de estacionamento, pois o monitoramento é eletrônico.
Funciona assim: um motorista não cadastrado no sistema "e-pare" para na vaga de estacionamento e o motorista não informa a sua presença no terminal. Automaticamente, o sensor acusa a presença de um veículo não identificado e tem início uma contagem regressiva de 10 minutos.
Ao final do prazo, sem o cadastro ou inclusão de créditos, o terminal envia uma mensagem de texto SMS para o telefone celular do marronzinho da CET mais próximo da vaga. O marronzinho volta para o local, verifica a infração e aplica a multa.
Perdão
Para o motorista cadastrado, haveria uma espécie de abrandamento da aplicação da lei, em um primeiro momento. No caso, o marronzinho verificaria a irregularidade. Porém, em de vez de multar, ele deixaria um aviso para que o motorista inclua o mais rápido possível o crédito pelo uso da vaga.
Em São Paulo, caso o sistema seja adotado, seriam necessários de 650 a 700 terminais "e-pare" (cada um com custo previsto de R$ 15 mil) para as futuras 70 mil vagas de Zona Azul que devem ser implementadas em toda a cidade. Atualmente, esse número é bem menor: são de aproximadamente 32 mil.
Fonte: Diário do Comércio (SP), 29 de março de 2011