O tráfego intenso de automóveis na região e as enchentes potencializam a deterioração do pavimento. Há outra circunstância agravante: as falhas em obras subterrâneas. Nesse cruzamento, a causa foi o rompimento da galeria de canalização do Córrego Verde, que também provocou o rombo entre as ruas Medeiros de Albuquerque e Cipriano Jucá, onde surgiu uma cratera maior, de cerca de 13 metros de comprimento, 6 de largura e 5 de profundidade. Em 11 de janeiro, um carro foi levado pela enxurrada e caiu lá dentro. No dia seguinte, as obras começaram. A galeria foi reconstruída, mas o buracão deverá permanecer ali até maio, segundo a previsão da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb). Enquanto isso, a sinalização da CET indica a proibição da passagem. A secretaria investiga uma possível relação entre o rompimento da galeria e outras rachaduras em trechos próximos.
Não é só a Vila Madalena, evidentemente, que sofre com o problema. São 1.000 novos buracos por dia na cidade em 17.000 km de asfalto. A prefeitura diz que consegue tapar diariamente 2.000 deles. Para este ano, a administração municipal prevê investimento de 100 milhões de reais para a recuperação do asfalto. Mais números nessa conta que parece nunca fechar.
Fonte: Revista Veja São Paulo, 30 de março de 2011