Segundo o centro de estudos, poucos percebem essa grande economia, pois a maioria das pessoas considera apenas o combustível, o seguro, a manutenção e os impostos no cálculo do custo do segundo carro próprio. É necessário, porém, acrescentar à conta uma série de outros fatores, como a depreciação do automóvel e o que o proprietário ganharia se a mesma quantia estivesse investida no banco.
"Andar de táxi é mais seguro e barato do que ter que pagar IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), gasolina, seguro e outras despesas", afirma o presidente da Adetax (Associação das Empresas de Táxi de Frota do Município de São Paulo), Ricardo Auriemma.
Na tabela de gastos elaborada pelo Cefipe, são levados em conta 14 itens para manter o segundo carro, como depreciação, seguro, lavagem, manutenção, entre outros, que chegam a R$ 1.916,00 por mês, enquanto andar de táxi somaria R$ 1.008,00.
Segundo a Molicar, especializada na gestão de sinistros de automóveis, é preciso ter cuidado com o cálculo, pois ele varia de acordo com o modelo do segundo veículo. No caso de automóveis de luxo, a comercialização é voltada ao status e design atualizado, tendendo de fato a uma depreciação considerável e a baixa procura pelos modelos usados. Mas, em se tratando de veículos compactos, como os "populares" e as pick-ups de modelos leves, a depreciação não é grande, chegando ao teto de 6% ao ano.
Ainda de acordo com a Molicar, a utilização de táxis pode trazer problemas quanto à sua disponibilidade para corrida.
Fonte: site Infomoney, 22 de julho de 2008