Dependendo da região, as especificações para o estacionamento são modificadas de maneira a atender às necessidades em função de fluxo de pessoas e localização geográfica. No caso de Porto Alegre, a especificação do plano diretor é de cinco vagas por 100 m2 de loja, regra adotada por grande parte dos municípios do Interior gaúcho. "Todos os projetos, para obterem alvará de funcionamento, precisam apresentar esse planejamento previsto pela Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov)", explica Vera Zaffari, especialista em arquitetura comercial. De acordo com ela, porém, a decisão de instalar local específico para veículos deve ter motivações que ultrapassem a obrigatoriedade. "Sem um espaço acessível para deixar o carro, as pessoas se dirigirão a outro estabelecimento, pois ninguém quer dificuldades na hora de carregar as compras", ressalta.
Vera lembra que o ditado "No parking, no business" ("Sem estacionamento, sem negócios") pode ser aplicado com perfeição ao segmento. "O estacionamento deve ir além de apenas oferecer vagas. Ele deve ter espaço específico para motos e bicicletas, ter acesso facilitado e viabilizar um trânsito interno com fluência." Além disso, a quantidade de cancelas deve ser estudada de modo a não trancar o fluxo. No caso de estacionamentos pagos, uma opção para evitar acúmulo de veículos na saída é a instalação de quiosques cobradores dentro da loja, para que o pagamento seja feito antecipadamente, de modo a não obstruir a saída.
Em épocas de aquecimento global, oferecer uma sombra para clientes que deixam o carro no estacionamento é, além de um diferencial, uma prova de preocupação ambiental. Mesmo que demore algum tempo para a consolidação do objetivo, plantar árvores nos estacionamentos facilita a reabsorção de água pelo lençol freático, embeleza a área e ainda transmite uma imagem positiva aos consumidores.
Fonte: Revista AGAS (da Associação Gaúcha de Supermercados), março-abril/2008