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O projeto de ciclofaixas em Moema, na zona sul de São Paulo, em estudo pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), prevê pistas compartilhadas entre ciclistas e ônibus. O modelo, comum em países europeus, é inédito no Brasil. Se for adotado, uma das pistas de carros terá de ser reservada para o corredor e as outras, estreitadas, segundo noticiou o jornal Estado de S. Paulo.
O projeto prevê a criação de uma rede completa de ciclofaixas no bairro, no lugar das vagas de Zona Azul, retiradas pela Prefeitura no início do ano, totalizando cerca de 15 km. Onde não passa ônibus, as ciclofaixas ficariam nas extremidades, obedecendo ao sentido de circulação.
O plano foi feito pela consultoria TC Urbes e pelo Instituto CicloBR, com participação da CET. O traçado definitivo ainda não está definido e dependerá dos estudos de impacto e viabilidade da companhia. Moradores deverão ser consultados.
Segundo os técnicos responsáveis, as pistas compartilhadas entre bicicletas e ônibus vão dar prioridade tanto ao transporte não motorizado quanto ao público. A solução pode ser adotada em vias com fluxo de ônibus, como a Alameda dos Maracatins ou a Avenida dos Eucaliptos, por onde passam algumas linhas de ônibus. Questões como a velocidade dos ônibus e o embarque de passageiros também foram consideradas.
Para diminuir os atritos entre ciclistas e motoristas, estão previstas palestras e treinamento dos condutores de ônibus. As faixas exclusivas deverão ter 4 metros de largura - corredores de ônibus normais são menores, com pistas que variam entre 2,75 metros e 3,30 metros.
A diferença seria retirada das pistas dos carros, que, além de perderem em número, também ficariam mais estreitas. "Esse tamanho permitiria a ultrapassagem entre ônibus e bicicleta sem perigo para o ciclista e sem perda de eficiência para o transporte coletivo", disse o arquiteto Ricardo Corrêa, da TC Urbes.
Divisões
Apesar de as pistas compartilhadas entre bicicletas e ônibus ainda estarem em estudos, já se sabe que a maioria das ruas contempladas pelo projeto deverá ganhar faixas exclusivas para ciclistas do lado direito. Quando houver vagas de estacionamento desse lado da via, a ciclofaixa ficaria entre a calçada e os carros estacionados.
De acordo com o diretor-geral do Instituto CicloBR, André Pasqualini, o bairro de Moema foi escolhido por causa da perda de 3.850 vagas e porque já é rota usada por quem vai ao Parque do Ibirapuera - a ciclofaixa de lazer funciona aos domingos também no bairro.
"Moema poderá ser a vitrine para que o projeto seja replicado em outros bairros. É uma iniciativa inédita no Brasil", afirmou Pasqualini.
A previsão é que, após os estudos e um aval definitivo da CET, o projeto executivo e a implementação demorem seis meses, segundo autores do projeto.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 21 de outubro de 2010

Categoria: Geral


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