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A prefeitura de São Bernardo do Campo vai investir R$ 13,2 milhões para ampliar e construir alças em três trevos problemáticos da Via Anchieta e tentar acabar com os engarrafamentos na parte urbana da estrada - em especial no ABC paulista. Hoje, nos horários de pico, os veículos ocupam até três faixas da rodovia em filas para entrar nos bairros, constata reportagem de O Estado de S. Paulo.
As intervenções serão no km 14 (entrada dos bairros Taboão e Rudge Ramos, que também faz a ligação para São Caetano do Sul), no km 18 (por onde passa o anel viário metropolitano que liga Santo André, São Bernardo e Diadema, o Corredor ABD), e no km 22,5 (rodeado pelos bairros Demarchi e Assunção e pela montadora Volkswagen).
Segundo a Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp), os caminhoneiros são obrigados a procurar rotas alternativas por dentro das cidades por causa dos gargalos da Anchieta em São Bernardo.
A meta é concluir as licitações nos próximos meses e iniciar as obras em 2011. A promessa é concluir as intervenções até o fim de 2011 e início de 2012.
A Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) informou que as concessionárias que controlam as estradas paulistas têm, por contrato, até 2016 para executar obras de melhorias e ampliação das vias. No entanto, os projetos e execuções, segundo a Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, ficarão por conta da prefeitura.
Mais rápido
No km 14, em uma região que fica perto dos limites entre São Paulo, São Bernardo e São Caetano, passam diariamente 30 mil veículos no sentido litoral e 40 mil no sentido São Paulo. Esse ponto também é entrada para três universidades.
"O problema se agrava por volta das 19 horas, quando o pessoal começa a chegar para as universidades e o trânsito fica realmente pesado", reclama o estudante Carlos Borges Souto. Todos os dias, ele fica parado por quase 30 minutos só na entrada do bairro Rudge Ramos.
Para diminuir esse problema as faixas de rolamento das alças serão ampliadas, nas conexões com as Avenidas Taboão e Doutor Rudge Ramos. "Vamos criar faixas de aceleração, evitando que os veículos demorem muito tempo para entrar nas avenidas", explica o secretário de Transporte da prefeitura de São Bernardo, Oscar José Gameiro. Mais pistas
No km 16, por onde passam 87 mil veículos por dia no sentido litoral e outros 50 mil no sentido capital, a prefeitura também prevê a ampliação de faixas. Mas a principal obra é a construção de alça no sentido capital. Os motoristas precisam fazer uma volta por dentro do bairro para sair da Anchieta e entrar no sentido Diadema. No horário de pico, o trecho fica lotado de carros em todas as direções.
Mais viaduto
A terceira intervenção na Anchieta, no km 22,5, vai finalmente dar utilidade a um viaduto construído pelo governo do Estado há 32 anos e que está abandonado. A repaginação dará uma ligação à Avenida Café Filho, que unirá os bairros Assunção e Ferrazópolis. "Estudos de carga mostram que a estrutura do viaduto pode ser usada com segurança", diz Gameiro.
A ligação vai desafogar o trânsito das Avenidas Capitão Casa e Café Filho e diminuir os engarrafamentos no km 23. Nesse ponto, segundo a Ecovias, passam por dia 86 mil veículos no sentido litoral e 78 mil para a capital.
Para entender
As marginais da Anchieta em São Bernardo do Campo têm características de grandes avenidas. Hoje, a velocidade máxima permitida é de 90 km/h. Nos horários de pico, o volume de veículos chega a 1.150 por hora. A lentidão é reflexo dos congestionamentos nas entradas e saídas dos bairros. Dados da prefeitura de São Bernardo apontam que 25 avenidas no município recebem volume superior à capacidade nos horários de pico.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 21 de outubro de 2010

Categoria: Geral


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