A partir da próxima segunda-feira vai ficar mais caro parar o carro nas ruas de Campinas. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas S.A. (Emdec) vai reajustar em 5,8% o preço do estacionamento rotativo, conhecido como Zona Azul, que estava congelado há dois anos.
Com isso, o valor do talão que dá direito a paradas entre uma e cinco horas, dependendo do local, vai passar de R$ 1,70 para R$ 1,80. O decreto que autoriza a cobrança será publicado pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) no Diário Oficial do Município (DO) de amanhã.
Este é o primeiro aumento desde março de 2005, quando o Zona Azul subiu 70%. Poucos meses antes, ainda em 2004, na gestão anterior, a Emdec havia iniciado a demarcação de vagas pagas no Guanabara, com o argumento de que o bairro integrava o chamado Centro expandido e era ponto gerador de tráfego crescente por causa da grande quantidade de clínicas e consultórios médicos.
As duas medidas provocaram revolta entre os usuários. "Na época, o Zona Azul estava sem reajuste há dez anos, e havia um déficit operacional muito grande", diz, sobre os 70% de acréscimo, o secretário de Transportes, Gerson Luis Bittencourt.
Sobre o atual aumento, o secretário afirma tratar-se apenas de uma "correção" para que o valor não fique novamente defasado. "Esse índice de 5,8% é apenas um pouco a mais do que a inflação do período", justifica. Ele diz ainda que, a partir de agora, os reajustes no Zona Azul devem ser mesmo bianuais.
Comparativo
Para demonstrar que o preço de R$ 1,80 do Zona Azul é razoável, a Emdec forneceu um comparativo dos valores cobrados em estacionamento rotativo de outras cidades, reforçando ainda que, aqui, ao contrário da maioria do que é praticado no restante do País, o motorista paga uma tarifa única, independentemente do tipo de vaga (de uma a cinco horas).
Em São Paulo, por exemplo, o talão por uma hora custa o mesmo, R$ 1,80, enquanto em Santos a taxa é de R$ 2,20 por duas horas.
Saiba mais
As 2.069 vagas de Zona Azul existentes atualmente estão divididas entre o Centro e o Guanabara (426 vagas são para parada de uma hora; 1.329 para duas horas e 314, que ficam em área hospitalar, para cinco horas).
Na área central, as vagas estão distribuídas no trecho que compreende as vias Júlio de Mesquita, Moraes Salles, Irmã Serafina, Aquidabã, João Jorge, Andrade Neves, Orosimbo Maia, Anchieta e Barreto Leme.
Já no Guanabara, o sistema compreendetodas as vias do quadrilátero entre a Avenida Barão de Itapura e as ruas José Paulino, Prefeito Passos e Barão de Parnaíba (sem contar esta última), a Praça Mauá e a Rua Mário Siqueira, em frente à Unimed.
130 postos de venda de Zona Azul em Campinas. A relação de todos eles pode ser conferida no site: www.emdec.com.br
Fonte: Correio Popular (São Paulo), 16 de março de 2007