O Secovi fez 4.000 simulações, com base nos lançamentos existentes. Como o aumento da taxa deve ser repassado para o preço cobrado do consumidor, cerca de 70% dos lançamentos terão reajuste entre 1% e 5%. Os demais terão aumento maior, que, em alguns casos, pode passar de 15%. A taxa de construção nas regiões próximas a trens e ao metrô será metade da cobrada para empreendimentos nos miolos dos bairros, que devem subir mais. O objetivo do Plano Diretor é estimular moradia do perto do transporte público. Por exemplo, no miolo do bairro, o metro quadrado de um apartamento de dois quartos em Pinheiros (zona oeste), com 62 m² de área útil, passará de R$ 10.827 para R$ 11,653 - variação de 7,63%. Outra unidade, também em Pinheiros e com dois quartos (67 m² de área útil), na região do eixo de transportes, teria reajuste do metro quadrado de R$ 7.599,57 para R$ 7.978,04 - aumento de 4,98%. No caso de apartamento com 62 m² de área útil e um quarto, no Ipiranga (zona sul), no miolo do bairro, o reajuste chega a 15,27%. "Quem vai pagar não somos nós. Se o comprador não puder pagar, nós não vamos produzir", diz o presidente do Secovi, Claudio Bernardes. Após ajustes na tabela final, porém, ele afirma que os valores não são inviáveis, como já chegou a definir. Diante da crise na mobilidade, diz ele, é realmente necessário estimular a moradia perto do transporte. As simulações do Secovi levam em conta apenas o reajuste da taxa para construir. Outros fatores, como a possível valorização de terrenos perto dos eixos, não são considerados para o cálculo.
Fonte: Folha de S. Paulo, 4 de julho de 2014