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A Prefeitura se prepara para divulgar um novo pacote de intervenções no trânsito de São Paulo, com destaque para mais proibições de estacionamento em vias públicas. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o secretário dos Transportes e presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Alexandre de Moraes, afirmou que o objetivo das novas medidas é aumentar a fluidez dos veículos. A seguir, alguns trechos:

Folha - O pacote de intervenções no trânsito está consolidado ou há algum novo plano?
Alexandre de Moraes - Estamos preparando um pacote com 40 medidas. Dentro delas, dois grupos importantes: primeiro uma alteração na questão de estacionamento. Estamos há um mês e meio analisando pontos de estacionamento que vão deixar de ser Zona Azul, para deixar de ser Zona Azul para garantir maior fluidez. Vamos fazer em blocos na cidade. Não adianta fazer uma rua aqui ou ali. Vamos pegar um setor que tem um gargalo muito grande e montar um pacote de restrição de estacionamento. No final de julho já devemos fazer.

Folha - Qual é o balanço da primeira semana de restrição aos caminhões?
Moraes - Absolutamente positivo. Tirando um setor específico de caçambeiros, de terraplenagem, não houve grandes manifestações. Os setores se adequaram. O terceiro ponto é pelos índices de congestionamento. Mas temos ciência de que não é uma medida que vai solucionar todos os problemas do trânsito.

Folha - Que correção de rumos pode haver no futuro com a restrição aos caminhões?
Moraes - Não é em relação às exceções, mas uma adequação para maior restrição. Se houver necessidade de maior restrição, seja em carga e descarga, seja em outras questões, vamos analisar. Não há nada a priori que seja imutável.

Folha - Qual é a avaliação do sr. sobre os efeitos colaterais da medida, como o aumento do barulho noturno e do preço do frete?
Moraes - Nesta primeira semana não se verificou isso. Nas exceções, abrimos janelas para aqueles que fazem muito barulho. Se houver aumento do barulho, a gente analisa. Não tem a mínima credibilidade a afirmação de que vai aumentar o valor de frete. Melhorando a logística, não tem a mínima possibilidade de aumento do valor.

Folha - Especialistas dizem que a área retirada dos caminhões deve ser ocupada pelos carros num curto espaço de tempo. O sr. concorda?
Moraes - Calcula-se que haja uma demanda reprimida em torno de 20% de veículos. Mas não se sabe exatamente como essa demanda reprimida se comporta e em que tempo ela deixa de ser reprimida. Mesmo que todo espaço viário seja ocupado por veículos menores, a fluidez fica melhor. O caminhão é um obstáculo móvel.

Folha - E a ampliação do rodízio?
Moraes - Não há estudos.

Folha - Alguns bares começaram a oferecer serviço de transporte aos clientes. O sr. diz que não pode. Por quê? Qual é a alternativa?
Moraes - Se ele quiser oferecer como uma cortesia um serviço de transporte para casa, como uma carona, uma van, não há nenhum problema. O que os bares não podem é fazer serviço remunerado de transporte. Daí é um transporte irregular. Daí a secretaria vai coibir. Os bares e restaurantes não podem substituir os táxis.
Fonte: Folha de S. Paulo, 7 de julho de 2008

Nota da redação: a entrevista acima é o tema do artigo do colunista Jorge Hori desta edição.

Categoria: Geral


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