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A decisão da EPA (agência de proteção ambiental dos Estados Unidos) de permitir o aumento da mistura de 10% para 15% de etanol na gasolina do país deve demorar para ter consequências práticas, noticiou a Folha de S. Paulo. O órgão anunciou em 13 de outubro que os proprietários de veículos fabricados a partir de 2007 poderão abastecer -não será obrigatório - com gasolina com o adicional de etanol.
A decisão foi tomada depois que testes comprovaram que a mistura não altera o funcionamento dos carros.
Com a medida, esperava-se expandir em 50% a demanda de etanol nos EUA, mas há dúvidas sobre a possibilidade de chegar a esse número. A regulação do combustível muda de Estado para Estado e haveria necessidade de fazer esse ajuste.
Como a nova mistura vale apenas para os carros produzidos a partir de 2007, os postos teriam de instalar uma bomba própria para o combustível com 15% de etanol.
Ainda que os proprietários de postos tenham disposição de arcar com os custos, a alteração deve demorar.
Preços
A adesão dos motoristas depende também da maior competitividade de preços nas bombas, que pode ser influenciada pelas oscilações na cotação de milho.
Apesar das dúvidas em relação à medida, o setor ligado ao etanol de cana-de-açúcar comemorou a decisão.
"Era uma coisa completamente esperada. A decisão está mais de um ano atrasada", declarou o representante-chefe da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na América do Norte, Joel Velasco.
A nova demanda pelo etanol reforça a pressão dos brasileiros e da indústria alimentícia americana em relação aos produtores de milho, hoje principais fornecedores do combustível nos EUA.
Isso porque, com um acréscimo de cerca de 27 bilhões de litros por ano, a parcela da produção do milho do país destinado às bombas ultrapassaria os 40%.
Esse nível impactaria a oferta do grão direcionada para ração de animais e aumentaria a conta de subsídios do governo para o etanol de milho - hoje, em cerca de US$ 6 bilhões ao ano.
Esses impactos negativos dariam força ao argumento do setor brasileiro contra a renovação de subsídios ao combustível americano, ainda neste ano.
O etanol de milho conta com um incentivo de US$ 0,45 por galão (R$ 0,20 por litro) e o correspondente brasileiro enfrenta sobretaxa de US$ 0,54 por galão (R$ 0,25 por litro).
"É um primeiro passo no rumo certo", aponta Velasco.
Fonte: Folha de S. Paulo, 17 de outubro de 2010

Categoria: Geral


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