As duas pistas já estão liberadas parcialmente em horário integral desde sexta, 29. Continuam interditadas apenas duas faixas da pista no sentido centro e uma faixa na direção contrária. Ainda há tapumes em volta dos pilares.
Enquanto alguns homens pintavam a grade de proteção do viaduto, outros faziam o acabamento das bases de sustentação localizadas próximo da Avenida Nicolas Boer. A interdição da via afetou pelo menos 55 mil veículos que utilizavam a passagem todos os dias antes do incêndio, segundo dados divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Motoristas que circulam pela região aguardam a abertura total do viaduto. "Quando interditaram, no começo do ano, parava tudo na Marquês de São Vicente. A ponte (Julio de Mesquita Neto) ficava paradinha também", relata o taxista João Antônio Debeus, que trabalha perto do Shopping Bourbon.
A interdição prejudicou ainda o trânsito na Avenida Francisco Matarazzo, no Viaduto Pacaembu e até na Marginal do Tietê, avaliam motoristas. "São Paulo é assim", resumiu o taxista Debeus. A reforma desagradou a alguns pedestres, que usam o viaduto para atravessar a linha férrea e chegar ao corredor de ônibus da Matarazzo. "Ficou fechado esse tempo todo e não taparam os buracos da calçada?", reclamou a diarista Maria Ofélia Guedes. Há mato crescendo nas laterais das calçadas e, em alguns pontos, as pedras do mosaico na calçada estão soltas. O maior buraco fica no meio do viaduto, na pista sentido bairro, e tem quase um metro de diâmetro.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 2 de julho de 2012