Parking News

A proposta institui a gratuidade do estacionamento nos shoppings quando o período de permanência for interior a uma hora e meia nos casos em que o valor gasto em compras for dez vezes superior ao valor cobrado pelo uso da garagem.

O vereadores argumentam que os clientes já arcam com valores mais elevados nas mercadoria dos centros comerciais e que a sociedade está inconformada com a cobrança.

O projeto de lei inaugura mais uma etapa da queda-de-braço que foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF) e da qual saíram vencedores os empresários.

Se a proposta dos vereadores virar lei, a tendência é que a pendenga volte à justiça. Márcio Pires, diretor comercial da Cia Parking, empresa que controla os estacionamentos dos três shoppings que cobram estacionamento em Goiânia (Araguaia, Goiânia e Flamboyant), diz que, se o projeto for aprovado na Câmara e sancionado pelo prefeito Iris Rezende, deixará a cargo de seus advogados. Mas, de antemão, adianta que decisões judiciais anteriores condenam o teor da matéria.

"A Justiça já manifestou que o município não pode legislar sobre a propriedade privada. Portanto, não se pode propor a gratuidade do estacionamento por uma hora e meia e, muito menos, que instituí-la caso o consumidor gaste dez vezes o valor da taxa". O diretor argumenta que o teor da lei é semelhante ao da anterior, que proibia a cobrança e que já foi considerada inconstitucional.

Reações

A cobrança do estacionamento pelos shoppings está provocando reações contrárias da população.

Na edição de ontem, O POPULAR mostrou que os consumidores estão estacionando os carros nas ruas para fugir da despesa e em sinal de protesto.

A maioria dos entrevistados se disse revoltada e considerou absurdo o ônus extra, uma vez que os preços cobrados nos centros comerciais já seriam mais caros.

Entre os lojistas, o clima também é de insatisfação. Empresários admitiram ter demitido funcionários por conta da queda no movimento e alguns falam em fechar as portas.

Cliente reclama de estrago

Boa parte dos lojistas que abolir a taxa de estacionamento dos shoppings, mas, na edição de ontem do jornal O POPULAR, uma empresária, que não quis se identificar, declarou ser favorável à cobrança.

Ela argumentou que o consumidor é onerado, mas recebe, em troca, a segurança. O engenheiro Ricardo Sá diz que  não é bem assim. Ele conta que, no dia 31 de março, foi ao Shopping Flamboyant e, quando retornou das compras, encontrou seu carro batido. Quem fez o estrago foi embora sem se identificar.

Confiante  de que seria ressarcido pelo prejuízo, uma vez que estava pagando para estacionar, recorreu à segurança do centro comercial. Uma perícia  foi feita, mas, dois dias depois, foi informado de que teria de provar o que estava dizendo para ser indenizado.
"Imaginem a situação: se o Flamboyant, que tem seguranças e câmeras no estacionamento para dar segurança e fazer jus ao preço do estacionamento, não consegue constatar a batida, como eu, desprovido de todo esse aparato, vou provar tal incidente?"

Ricardo Sá pretende entrar com ação com pedido de indenização por danos materiais e morais. "A credibilidade dele foi questionada", justifica o advogado Francisco Alcoforafo Maranhão Sá.

Documentos

Segundo o advogado, várias tentativas foram feitas no sentido de obter os documentos relativos à ocorrência, mas o shopping estaria dificultando a liberação.

 O diretor comercial da Cia Parking, Márcio Pires, nega. Ele afirma que uma pessoa que se identificou como advogado de Ricardo Sá teria negociado com o Serviço de atendimento ao Consumidor (SAC) do shopping, mas que não teria retornado para consumar o acordo.

Pires garante que, em casos como esse, basta o cliente recorrer à segurança que o ressarcimento do prejuízo é feito. "Temos seguro para isso", explica. "É o que o shopping é obrigado a fazer", assinala a gerente de Educação para o Consumo do Procon Goiás, Sara Saeghe.

Ela diz que os centros comerciais são obrigados a indenizar os proprietários não só nos casos de danos no veículo, como também de furto de aparelhagem de som.
Caso o estabelecimento se negue, o consumidor deve entrar na Justiça e pedir ao juiz a inversão do ônus da prova. "O parágrafo 3º do Artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor faculta isso".

Fonte: O Popular (Goiás), 10 de maio de 2007


Categoria: Geral


Outras matérias da edição

Arte limpa

A lei contra a poluição visual deu a Marcelo Mello a vontade de usar a cidade como uma galeria ao ar livre

Curre (...)

Pesquisa vai apontar uma São Paulo ideal

Pessoas de diversas faixas etárias e classes sociais foram ouvidas pelo instituto

Current banking behaviors are (...)

Agora, Kassab promete limpar o ar

Prefeito quer reduzir poluentes em 30% no prazo de 2 a 3 anos

Current banking behaviors are

Garagem subterrânea é saída para falta de vagas

A frota de 570 mil veículos de Campinas é responsável pela saturação de vagas nas ruas e em estacionamentos públicos e privados no município

(...)

Empresas de vida longa

Para que um negócio próprio sobreviva não basta apenas ter o dinheiro para montá-lo

Current banking behaviors a (...)

Vagas de menos

A frota de 570 mil veículos de Campinas é responsável pela saturação de vagas em estacionamentos públicos e privados no município

Current banking behaviors are

Zona Azul vai ser ampliada

Nova área vai funcionar apenas nos fins de semana, quando o movimento na região é maior

Current banking behavio (...)

Ubatuba planeja cobrança de Zona Azul

Prefeitura envia à Câmara projeto que estende o estacionamento rotativo para as ruas centrais do município

Curre (...)

Zona Azul: multa é legal?

Os órgãos municipais de trânsito deverá fazer algumas reflexões a este respeito e rever conceitos

Current banki (...)

Energia solar pode virar lei em São Paulo

Gilberto Kassab enviou a Câmara projeto que prevê que todas as novas construções com mais de três banheiros devem instalar geradores de energia solar