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Apesar das medidas macroprudenciais do Banco Central para conter o crédito e diminuir o prazo dos financiamentos, a venda de veículos, motos, partes e peças aumentou 1,7% entre março e abril, feitos os ajustes sazonais, após ter crescido 4% no terceiro mês do ano. Para José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, o dado pode apontar que o consumidor está fazendo um esforço maior para comprar um automóvel, o que terá reflexo em outros setores do varejo. "O brasileiro vai deixar de comprar algo em algum momento, porque gosta de automóvel. Com um custo de financiamento mais caro, a renda de quem compra um carro diminui", observa Gonçalves, para quem as medidas macroprudenciais, sozinhas, não explicam a queda dessazonalizada de 0,2% nas vendas do varejo em abril, após alta de 1% em março. A reportagem é do jornal Valor Online.
O economista ressalta que a contração mensal nas vendas foi dispersa, ocorrendo inclusive em setores que não dependem de crédito, como livros, jornais, revistas e papelaria (-2%), tecidos, vestuário e calçados (-3,2%) e hiper e supermercados (-0,2%).
Para o economista-chefe do Fator, a análise das médias móveis trimestrais, que comparam o trimestre encerrado no mês da pesquisa com o trimestre anterior, permite identificar uma tendência de desaceleração no nível da atividade do comércio.
"Se olharmos mês a mês, o movimento das vendas é uma gangorra, mas na média móvel trimestral, o crescimento estava na média de 0,5% desde o fim de 2010, e de lá para cá está em 0,25%".
Fonte: Valor Online, 10 de junho de 2011

Categoria: Geral


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