O gerente de vendas Ronuel Herrera afirma saber que é proibido parar e estacionar no local. "Na verdade, eu ia colocar no estacionamento, mas em virtude do atraso do voo, eu já dei duas voltas, por isso eu estou parado por 10 minutos", explica Herrera, que já tinha sido multado. "Infelizmente", lamenta.
Todos ali dizem ter um motivo forte para abrir uma exceção. "Eu parei para falar no celular. Para não dirigir falando no celular", diz um motorista.
O vigilante Francisco Furtado explica que a área é reservada para o desembarque de autoridades. "Só veículos oficiais", mas não consegue explicar por que parou o próprio carro em local proibido. "Está irregular. Só que, daqui a pouco, eu vou colocar em uma área apropriada", rebate.
É quase sempre por pouco tempo. "Só fiquei dois segundos", mas o carro ficou estacionado por mais de três horas. O proprietário do carro deixou um bilhete para o fiscal que dizia: "Autorização Polícia Civil", mas não colou.
"Não há essa autorização, ele também deve ser autuado", diz o tenente André Vaz de Lima, da Polícia Militar.
Juntas, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a Polícia Militar fazem a fiscalização em Congonhas. No ano passado só a CET aplicou mais de mil multas nos arredores de Congonhas. Ao todo, 706 por estacionamento irregular e 379 por parar em local proibido. Nos três primeiros meses de 2011, foram 285 multas.
Na região do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, as multas são aplicadas principalmente por causa do excesso de velocidade nas vias de acesso, pelo uso de telefone celular e por motoristas sem cinto de segurança. Em Congonhas o maior problema é o estacionamento proibido ou irregular.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (TV Globo), 13 de junho de 2011