O vigilante embarcou em um trem novinho em folha, fabricado na China e ainda em fase de testes. Por enquanto, é um só, mas, até setembro, a promessa é que serão 30. "Show de bola, parabéns. Tem tudo: conforto, segurança, tudo", comenta o passageiro.
Mas o trem novo não resolveu um problema velho: o vão entre o trem e a plataforma. O jeito foi pôr uma extensão de borracha - que, por enquanto, está em 18 das 98 estações.
O passageiro se surpreende, porque quem depende do transporte ferroviário no Rio não está acostumado com o conforto e a modernidade. A maioria dos trens que circula pelos trilhos cariocas é antiga, uma frota que tem, em média, 35 anos e muitos problemas. O compromisso da concessionária que administra o serviço é modernizar, com novos trens, sistema de sinalização automatizado para diminuir os intervalos. Hoje, em alguns horários, o passageiro chega a esperar até meia hora na plataforma. "Toda essa tecnologia foi inspirada justamente para que a gente pudesse reverter benefícios ao nosso cliente, ao nosso usuário. A gente tem aí em dois anos e meio uma total transformação na companhia, onde vai propiciar uma redução de intervalos entre os trens. O nosso objetivo é transformar a Supervia em um metrô de superfície", diz o diretor operações da Supervia, João Gouveia.
Fonte: programa Bom Dia Brasil (Rede Globo), 22 de março de 2012