A principal ação do prefeito Fernando Haddad na área dos transportes foi a ampliação das faixas exclusivas de ônibus na cidade.
De acordo com a pesquisa, elas têm o aval de 84% dos entrevistados; em setembro, a aprovação era de 88%.
Agora, segundo o Datafolha, 12% são contrários às faixas, oscilação no limite da margem de erro em relação aos 9% do levantamento anterior, nove meses atrás.
Dados da prefeitura divulgados no início de junho mostram que o trânsito está melhor para os ônibus que circulam nas faixas exclusivas. A velocidade do trânsito em geral, no entanto, piorou e os índices de congestionamento na cidade subiram.
O Datafolha perguntou aos entrevistados como avaliavam o trânsito depois da ampliação das faixas de ônibus.
Para 64%, melhorou - a maior fatia é composta por usuários de transporte público, mas há quem se desloque na cidade de carro (47%).
Para 14% dos entrevistados pela pesquisa, o trânsito piorou depois da ampliação das faixas; desses, 32% usam mais o carro para se locomover pela capital.
TRANSPORTE COLETIVO
De acordo com o Datafolha, aumentou, em relação à pesquisa de setembro, a proporção das pessoas que costumam usar ônibus que andam nas faixas exclusivas - de 66% para 79%. O período coincide com a ampliação das faixas em toda a cidade pela gestão de Fernando Haddad.
Outra constatação da pesquisa: melhorou a avaliação do transporte público em São Paulo. O sistema teve agora avaliação superior ao resultado obtido em outra pesquisa, feita no auge dos protestos de junho do ano passado.
Para 31%, o transporte coletivo em geral é ótimo ou bom. Em junho de 2013, o índice era de 15%. Neste ano, 34% disseram que o transporte público é ruim ou péssimo. Há um ano, 55% tinham essa opinião.
A pesquisa anterior foi realizada em 13 de junho de 2013, assim que foram deflagrados os protestos por redução da tarifa de transporte coletivo.
Para o ônibus, o trem e o metrô, cresceram, em relação ao levantamento feito há um ano, os índices de ótimo e bom ao mesmo tempo em que caíram os de ruim e péssimo.
Para 61% dos entrevistados, o rodízio deveria ser expandido para vias atualmente não sujeitas à restrição. Outros 32% são contra. Usuários que declararam usar o carro estão divididos: 50% são contra e 47% a favor, empate segundo a margem de erro, de três pontos percentuais.
No entanto, a maioria (79%) disse ao Datafolha ser contrário ao pedágio urbano como meio de reduzir a circulação de automóveis e melhorar o trânsito. Só 17% foram a favor da medida.
Fonte: Folha de S. Paulo, 30 de junho de 2014