De acordo com o secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, uma das propostas em avaliação pela gestão Fernando Haddad é alargar o canteiro central da avenida - hoje ocupado só por floreiras e por bases das luminárias e dos relógios de rua. ?Uma das ideias é estender de 20 a 25 centímetros de cada lado e o ciclista ficar em uma altura maior do que a pista do carro. Estamos estudando. A ideia é fazer no canteiro?, disse, ressaltando que a análise deve ser concluída neste ano.
O mecanismo integrará os 400 km de ciclovias que a atual gestão promete construir em toda a cidade até o fim de 2015. Hoje, São Paulo soma somente 68,2 km de vias segregadas para os ciclistas (ou 0,4% dos 17 mil km de ruas da cidade), patamar acanhado frente a outras metrópoles, como Bogotá (359 km), Nova York (675 km) e Berlim (750 km).
?Primeiramente, é preciso verificar se é possível do ponto de vista técnico, porque teria de tirar aquele canteiro de flores, pelo menos um pedaço?, afirmou Tatto. Segundo ele, os esforços são no sentido de não suprimir nenhuma das quatro faixas dedicadas aos veículos automotores em cada pista da avenida. Ele destacou que a ciclovia deverá ter grades nas laterais.
Lazer
A Paulista apresenta hoje só uma ciclofaixa de lazer, ativada nos domingos e feriados nacionais. Na opinião do consultor em Transportes Alexandre Zum Winkel, é possível alargar o canteiro sem suprimir faixas. ?Mas teria um conflito com os pedestres que sobram no meio da avenida, sobretudo na hora do almoço.?
Já o cicloativista Willian Cruz, do site Vá de Bike, argumenta que ciclovias à direita da avenida poderiam atender melhor os ciclistas, facilitando o acesso a lojas, por exemplo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 25 de junho de 2014