Pagar subsídios milionários para as empresas de ônibus foi a mesma estratégia do prefeito usada para manter a passagem congelada por mais de três anos. Em 2008, quando tentou a reeleição e o preço da tarifa já não subia havia dois anos, Kassab prometeu na campanha manter o bilhete congelado em seu primeiro ano do segundo governo. Mas a conta para manter a passagem a R$ 2,30 entre novembro de 2006 e 1º de janeiro de 2010, uma das bandeiras do prefeito na campanha de 2008, saiu cara. No período, as viações e cooperativas receberam mais de R$ 2 bilhões em subsídios, dinheiro suficiente para a construção de 11 km de metrô.
Kassab sempre defende o pagamento dos subsídios como forma de segurar o preço da passagem. "É uma justiça social", costuma dizer o prefeito.
Com a venda de terrenos que terão a verba revertida para a construção de creches, a arrecadação poderá chegar a R$ 1,1 bilhão. Mas o secretário de Finanças evita falar em cumprir a promessa do prefeito de zerar o déficit no ensino infantil, hoje estimado em 147 mil vagas. "Estamos trabalhando para isso", declarou Costa.
O secretário adiantou também que o governo prepara uma ofensiva para colocar no Serasa os inadimplentes de multas de trânsito e de postura. "Os nomes dos contribuintes inscritos no Cadin nos últimos meses serão enviados para cartório. Dessa forma, vamos fazer a transferência dos nomes do Cadin para o Serasa", acrescentou.
Fonte: Agência Estado, 01 de outubro de 2011