No outro quarteirão da via, o estacionamento era organizado por um operador da Embrapark. Pela vaga na esquina sobre a faixa de pedestres ele cobrou R$ 4. Nas áreas liberadas para estacionamento, o talão custa R$ 2.
Na Rua Aristides Espínola, onde mora o governador Sérgio Cabral, moradores contam que os flanelinhas chegam a danificar os carros de motoristas que se recusam a pagar pela vaga. Na Rua Nascimento Silva, em Ipanema, um flanelinha, ao ser perguntado se tinha o talão de estacionamento, fez de longe sinal negativo. Ao longo da via, poucos carros tinham o talão do Rio Rotativo, de uso obrigatório, no painel. "Depois das 19h, quando a gente vai embora, eles tomam conta de todas as ruas", contou uma operadora da Rua Rainha Guilhermina, no Leblon.
Após os flagrantes, o secretário especial da Ordem Pública (Seop), Alex Costa, admitiu conhecer o problema e afirmou que os flanelinhas expulsam os operadores do Rio Rotativo das ruas nas manhãs de sábado. A assessoria de imprensa da secretaria lembrou que os flanelinhas cometem crime de extorsão e devem ser denunciados à polícia.
Fonte: O Globo (RJ), 4 de setembro de 2011