Só nas rodovias federais, no ano passado, a polícia multou quase 180 mil motoristas e passageiros pela falta do cinto. E para mostrar que o equipamento pode salvar vidas, instrutores levaram para a estrada um simulador que reproduz um capotamento.
Por reflexo, motoristas se agarram ao volante, passageiros tentam segurar em algo, mas mesmo com as mãos soltas o cinto mantém a pessoa presa ao banco. "Girando, virando o seu corpo, você fica desesperado, não sabe o que fazer. Mas eu senti que o cinto de segurança estava me prendendo de maneira correta", conta a secretária Valdélia de Deus Coutinho.
É quando o carro está de cabeça para baixo que motorista e passageiro, num capotamento de verdade, percebem que o uso do cinto de segurança pode evitar ao menos duas situações: que alguém se machuque dentro do carro ao bater em algum objeto, ou seja, arremessado pra fora.
Na aula com o simulador, o instrutor ensina como sair do carro: coloque as mãos no teto para proteger a cabeça, apóie as pernas também no teto. E só depois, já bem apoiado, solte o cinto, que geralmente fica travado após o acidente.
"O cinto trava porque o seu peso está fazendo a trava realmente segurar o seu corpo. Se você tentar soltar essa trava com ela segurando seu corpo, você não vai conseguir. É onde as pessoas apavoram, querem usar uma faca, querem usar uma tesoura, podem se machucar. Então essa técnica vai fazer o cinto aliviar na hora de soltar a trava", explica o instrutor.
Fonte: Jornal Nacional (TV Globo), 6 de janeiro de 2011