Sem Parar vende primeiro e checa depois (04/02/2009)
"Ah, deixa para depois, então." Até o ano passado, essa era a frase mais ouvida pelos vendedores do sistema de pagamento automático de pedágios e estacionamentos Sem Parar/Via Fácil, conta o Valor Econômico. "O cliente desistia de comprar o serviço porque precisava esperar a aprovação de sua análise de crédito antes de poder ter o aparelho que permite a passagem sem parar", diz Pedro Donda, presidente do Grupo STP, que administra o sistema. No começo do ano passado, entretanto, a empresa mudou esse processo e conseguiu elevar seu número de usuários em 44%. Esse aumento significa um aumento de 555 mil novos clientes. No total, a empresa fechou 2008 com 1,3 milhão de usuários, sendo 191 mil caminhões, 25 mil ônibus, 233 mil utilitários e 853 veículos de passeio. O faturamento anual passou de R$ 2,1 para R$ 2,7 bilhões. "Agora o cliente pode parar em um posto, à beira da estrada, instalar o aparelho e continuar sua viagem com mais comodidade", diz Donda. A análise de crédito, segundo ele, continua sendo feita, mas depois de a venda já haver sido concretizada.
Mediante uma taxa de adesão de R$ 56,00, o Sem Parar permite que a tarifa de pedágios e estacionamentos seja descontada na conta corrente do cliente. A facilidade está em não precisar ter dinheiro vivo para a despesa e também na economia de tempo, uma vez que o motorista pode passar pelo pedágio sem parar o carro. Em uma viagem de São Paulo até Franca (SP), por exemplo, essa economia pode ser importante. Nos 416 km do trecho existem dez pedágios, com sete tarifas diferentes, que vão de R$ 3,90 a R$ 6,00. Considerando que o tempo de parada em cada pedágio é de quatro minutos em média, o aparelho permite encurtar a viagem em 40 minutos.
Fonte: Valor Econômico (SP), 4 de fevereiro de 2009