"Na Alameda Jaú, há uma Zona Azul que não vale quase nada, deveria ser extinta", exemplifica. A passagem entre as calçadas, que é estreita no trecho, ocasionando o afunilamento de veículos em grande parte do dia, seria ampliada em uma faixa, melhorando as condições de circulação. O estacionamento subterrâneo próximo ao Trianon serviria para compensar a falta do rotativo. Segundo o secretário, o trânsito poderia melhorar entre 1/3 e 50% com a proibição de estacionar junto ao meio fio.
O presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo, Cyro Vidal, diz que não há impedimento legal na proibição. No entanto, considera a medida pouco efetiva. "Os grandes engarrafamentos não estão em vias com vagas junto aos cordões, mas nos grandes corredores, onde já é proibido estacionar."
Vidal afirma que uma medida melhor e "menos traumática" seria a flexibilização de horários, com a variação dos horários de expediente em escolas, bancos, repartições públicas e locais de trabalho em geral, para que não haja a concentração de trânsito em determinados horários.
Integração
Está em estudo pelo Metrô um sistema de integração do serviço de estacionamento com passagem para o coletivo. Segundo o gerente de comunicação e marketing da Companhia do Metropolitano de São Paulo, Marcello Borg, já foram definidas com a prefeitura cinco áreas prioritárias da cidade, ainda não divulgadas. Não há data para que o serviço seja implantado.
O consenso entre os governos municipal e estadual é que uma solução definitiva para o problema do trânsito e do transporte em São Paulo só virá com a conclusão de novas linhas do Metrô. Portella afirma que a ampliação do trem metropolitano não pode ser acelerada, nem com um aumento da verba aplicada. "Mais recursos significaria mais linhas, mas nada pode acelerar a escavação dos túneis e as desapropriações de terreno para as obras", diz.
Fonte: site Terra Notícias, 8 de junho de 2008