A principal alegação para descartar o VLT foi o custo de investimento e o alto preço de passagem ao consumidor final. A alteração para outro modal de transporte rápido de massa foi discutida em conjunto com o Ministério das Cidades. Essa nova modalidade pretende ampliar a capacidade de atendimento aos usuários do transporte coletivo por meio de um sistema que também seja ágil nos deslocamentos e com características similares ao projeto anterior. Pelo VLT, os recursos disponibilizados pelo governo federal seriam suficientes para a implantação em um trecho de 15 quilômetros de vias entre o centro e o início do Jardim Satélite, na zona sul. A expansão para outras regiões dependeria de mais recursos. Esse foi um dos óbices para a continuidade da proposta, pois seu custo final ficaria muito alto e cobrindo pequenos trechos.
Segundo a prefeitura, com a troca para o sistema BRT, será possível o atendimento a uma área maior do município, com abrangência na região central e nas zonas sul, leste e norte, a um custo menor e em menos tempo. Outra vantagem seria sobre as tarifas do transporte coletivo, semelhantes às já praticadas pelo sistema público de ônibus. Elas não sofreram alteração na integração com outros modais. Pelo VLT seriam necessários subsídios por parte da prefeitura da ordem de R$ 30 milhões por ano para equacionar a diferença de tarifa de R$ 4,50 a R$ 5 do veículo leve, em relação a que é praticada hoje. "Chegamos à conclusão que é melhor aplicar esse recurso, que não é pouco, para dar uma solução para a cidade toda. Com o VLT, demoraríamos muito a chegar a outras regiões, além de um comprometimento de 30 anos de financiamento para um pequeno trecho. Isso não pareceria responsável com o futuro da cidade", afirmou o prefeito.
A intenção é iniciar as obras em 2015. O sistema de BRT já é adotado atualmente em Curitiba (PR) e em Bogotá, na Colômbia, onde é referência para outros municípios.
Fonte: DCI (SP), 27 de novembro de 2013